Partindo do tema Negritudes, a Mostra Cena Preta - Plano Negro: Representatividade Negra no Cinema tem como objetivo discutir lugar de fala e representatividade. Curtas, médias e longas metragens, todos dirigidos por negros e negras, mesas de bate-papo, oficina e apresentação musical, trarão outras possibilidades de expressões e existências para além das impostas pelo regime discursivo dominante.

A Mostra começa no dia 26 de julho com a exibição dos curtas ‘O dia de Jerusa’ (Direção de Viviane Ferreira) e ‘Mulheres Negras: Projetos de Mundo’ (Direção de Day Rodrigues e Lucas Ogasawara). A exibição será seguida do bate-papo ‘Representatividade e a presença negra na produção cinematográfica brasileira’ com Carolina Costa, Viviane Ferreira e Day Rodrigues, com a proposta de debater a representatividade e a presença negra na produção cinematográfica brasileira.

De 26/7 a 26/8, serão também exibidos nove curtas em um espaço montado especialmente para receber a mostra na Área de Convivência do Sesc Ipiranga. Entre eles, ‘Pretas no Hip Hop’, ‘Empoderadas’ e ‘Negritudes Heliópolis’.  

O projeto contará ainda com o bate-papo ‘Três gerações na direção cinematográfica brasileira’ com Adélia Sampaio, Renata Martins e Gabriel Martins, a oficina ‘Tranças e Penteados’ (dias 28 e 29/7, às 13h) com a hair style Amanda Diva Green. E no dia 29/7, às 18h, show com Tiely e os convidados Luana Hansen, Filosofia de Rua e Hellena Borgys.



PROGRAMAÇÃO


26.07 QUINTA-FEIRA


19h O Dia de Jerusa / Mulheres Negras: Projetos de mundo

O dia de Jerusa
Dir. Viviane Ferreira. Ficção. 2014. Brasil. 20 min.
Bixiga, coração de São Paulo. Jerusa, moradora de um sobrado envelhecido pelo tempo, em um dia especial, recebe Silvia, uma pesquisadora de opinião que circula pelo bairro convencendo pessoas a responderem questionários para uma pesquisa de sabão em pó. No momento em que conhece Silvia, Jerusa a proporciona uma tarde inusitada.

Mulheres Negras: Projetos de Mundo
Dir. Day Rodrigues e Lucas Ogasawara. Documentário. 2016. Brasil. 25 min.
Nove mulheres, muitas vozes do presente, sem perder as referências do passado. Através de vivências e reflexões, o documentário levanta questões e instiga em poéticas as minúcias do que é ser mulher negra no Brasil. Estrelando: Aldenir Dida Dias, Ana Paula Correia, Andréia Alves, Djamila Ribeiro, Francinete Loiola, Luana Hansen, Monique Evelle, Nenesurreal, Preta-Rara.


20h30 Bate-papo: Representatividade e a presença negra na produção cinematográfica brasileira


27.07 SEXTA-FEIRA


16h Raça
Dir. Joel Zito Araujo. Documentário. 2013. Brasil e EUA. 104 min.
Este documentário busca trazer o foco para o trabalho de três afro-brasileiros que estão lutando por igualdade racial: Paulo Paim, o único negro senador da república; Netinho de Paula, cantor e apresentador de TV e Miúda dos Santos, ativista quilombola e neta de escravos.


28.07 SÁBADO


16h Aquém das Nuvens / Cores e Botas / Nada

Aquém das Nuvens
Dir. Renata Martins. Ficção. 2011. Brasil. 17 min.
Nenê é casado com Geralda há 30 anos. Em uma tarde de domingo, como de costume, ele vai à roda de samba encontrar os amigos. Ao voltar para casa, surpreende-se com uma notícia sobre Geralda. Sem deixar que o ritmo do samba caia, Nenê encontra uma solução pra ficar ao lado de sua eterna namorada.

Cores e Botas
Dir. Juliana Vicente. Ficção. 2010. Brasil. 16 min.
Joana tem um sonho comum a muitas meninas dos anos 80: ser Paquita. Sua família é bem sucedida e a apoia em seu sonho. Porém, Joana é negra, e nunca se viu uma paquita negra no programa da Xuxa.

Nada
Dir. Gabriel Martins. Ficção. 2017. Brasil. 27 min.
Bia, que acaba de completar 18 anos, está quase no fim do ano e as provas do vestibular estão chegando. Mesmo sendo pressionada por parte dos pais e de todo mundo na escola para decidir o que cursar, Bia não quer fazer nada.


17h Bate-papo: Três gerações na direção cinematográfica brasileira


29.07 DOMINGO


16h Nós, Carolinas / No ritmo das obás / Cabelo Bom / As minas do rap

Nós, Carolinas
Dir. Coletivo Nós, Mulheres da Periferia. Documentário. 2017. Brasil. 17 min. Livre.
Uma senhora cheia de memórias sobre o interior de São Paulo. Uma menina que se orgulha de seu cabelo black-power. Uma mulher que voltou a estudar depois dos 50 anos e uma arte-educadora que dribla o tempo para conciliar maternidade e sua vida pessoal. Todas elas unidas por uma mesma geografia: a periferia da cidade de São Paulo. "Nós, Carolinas" traz as vivências e vozes de quatro mulheres que moram em diferentes bairros: Parque Santo Antônio, zona Sul; Jova Rural, zona norte; Perus, região noroeste e Guaianases, na zona leste.

No ritmo das obás
Dir. Graciela Zapatta. Documentário. 2016. Brasil. 16 min. Livre.
Documentário que aborda a vida de quatro integrantes do bloco afro Ilú Obá de Min. Solange, Analu, Cléo e Preta Lemes contam suas experiências enquanto mulheres negras que, unidas, afirmam suas identidades.

Cabelo Bom
Dir. Swahili Vidal e Claudia Alves. Documentário. 2017. Brasil. 15 min. Livre.
Como as mulheres negras são pressionadas esteticamente para que se enquadrem em padrões pré-estabelecidos? O documentário de curta metragem "Cabelo bom" propõe fazer um recorte desse universo. O filme dá voz a três personagens que expõe a relação delas e seu cabelo crespo. Elas conseguem contar suas trajetórias de vida, histórias de preconceito e nos mostrar como a autoaceitação de suas raízes, capilares, inclusive, foi e é fundamental para se afirmarem como mulheres negras num país como o Brasil.

As minas do rap
Dir. Juliana Vicente. Documentário. 2015. Brasil. 14 min. Livre.
No Brasil, as mulheres tardaram a entrar no cenário do rap, e até hoje são raros os grupos ou artistas individuais que alcançaram destaque em suas carreiras. O documentário entrevista mulheres ligadas ao hip hop, abordando o histórico feminino dentro do movimento e dando voz a artistas como Negra Li, MC Gra e Karol Conká


SESSÃO DE CURTAS
27/07 a 25/08 10h às 22h
29/07 a 26/08 10h às 18h

A piscina de Caíque
Dir. Raphael Gustavo da Silva. Ficção. 2017. Brasil. 15 min.
Sonhando em ter uma piscina, Caíque e seu amigo inseparável se divertem escorregando no chão molhado e ensaboado da área de serviço. Por causa do desperdício de água, Caíque acaba criando problemas com sua mãe.

Òrun Aiyê
Dir. Jamile Coelho e Cintia Maria. Animação. 2016. Brasil. 12 min.
O vovô Bira narra para a sua neta Luna como os deuses africanos Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá, Nanã e Exú interagem para criar a Terra e os seres humanos.

Pele Suja Minha Carne
Dir. Bruno Ribeiro. Ficção. 2016. Brasil. 13 min.
João é um jovem negro que precisa lidar com o preconceito, seja por sua cor ou por sua sexualidade.

Pretas no Hip Hop
Dir. Priscila Francisco Pascoal. Documentário. 2017. Brasil. 14 min.
Mulheres negras falam em primeira pessoa sobre suas experiências e trajetórias na cultura hip hop enquanto rappers, break dancers, grafiteiras e djs e deixam seu recado para outras pretas.

No beco da Preta
Dir. Donizete Bomfim. Documentário. 2017. Brasil. 19 min.
O documentário foi inspirado na peça de teatro ''No Beco da Preta'', que conta a história da Preta, antiga moradora da favela de Heliópolis. A partir de seu cotidiano vemos relatos de suas lutas e conquistas, combatendo preconceitos, violências e discriminações. Mesmo assim ela não desanima e traz o respeito à tona e a admiração por sua história de vida.

Negritudes Heliópolis
Dir. Raimundo Nonato. Documentário. 2017. Brasil. 21 min.
Jovens e adultos da favela de Heliópolis relatam seu cotidiano, de como enxergam a sociedade, o preconceito, a discriminação e de seus sonhos.

Lápis de Cor
Dir. Larissa Fulana de Tal. Documentário. 2014. Brasil. 14 min.
O documentário aborda a representação racial no universo infantil e a maneira como o padrão de beleza eurocêntrico afeta a auto-imagem e auto-estima de crianças negras, revelando a ação silenciosa do racismo. Lápis de cor faz referência a uma cor de lápis, conhecida como "cor de pele", que, na verdade, é de tonalidade bege. É essa cor que as crianças utilizam para representar a si mesmas e as pessoas do seu convívio, compondo, nos desenhos, um fenótipo de pessoas brancas - olhos claros, cabelos louros e pele bege - mesmo quando são negras as pessoas representadas."

Crespos
Dir. Paulo Igor Freitas. Ficção. 2017. Brasil. 6 min.
CRESPOS narra a história de Lisa, uma garota do ensino médio que mudou completamente seu estilo apenas para ser aceita pelas amigas, que seguem o padrão de beleza imposto pela sociedade. Certo dia, ela vê Gabriela sofrendo bullying por ter cabelos crespos. Sensibilizada, Lisa decide ajudar a colega.

Empoderadas
Dir. Renata Martins. Documentário. 2015 a 2017. Brasil.
Exibição de episódios da websérie Empoderadas, que retrata a trajetória de mulheres negras que resistem e fazem de seu trabalho fonte de inspiração para outras mulheres. Mc Soffia, Vitória Angelo, Raquel Trindade, Sueli Carneiro, Dediane Souza, Quilombo das Brotas.


SESSÃO DE CURTAS PARA CRIANÇAS
21 e 22/08 9h às 10h

A piscina de Caíque
Dir. Raphael Gustavo da Silva. Ficção. 2017. Brasil. 15 min.
Sonhando em ter uma piscina, Caíque e seu amigo inseparável se divertem escorregando no chão molhado e ensaboado da área de serviço. Por causa do desperdício de água, Caíque acaba criando problemas com sua mãe.

Òrun Aiyê: a criação do mundo
Dir. Jamile Coelho e Cintia Santos de Souza. Animação. 2015. Brasil. 12 min.
O vovô Bira narra para a sua neta Luna como os deuses africanos Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá, Nanã e Exú interagem para criar a Terra e os seres humanos.

Cores e Botas
Dir. Juliana Vicente. Ficção. 2010. Brasil. 16 min.
Joana tem um sonho comum a muitas meninas dos anos 80: ser Paquita. Sua família é bem sucedida e a apoia em seu sonho. Porém, Joana é negra, e nunca se viu uma paquita negra no programa da Xuxa.



SERVIÇO


Mostra Cena Preta - Plano Negro: Representatividade Negra no Cinema
de 26 de julho a 26 de agosto de 2018

Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822 - Ipiranga
Programação gratuita